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Cartas do dia 11.12.2006

Ubiratan
enviada em 11/12/2006


Ubiratan,

Apenas gostaria de registrar minha admiração por seus textos e seus pensamentos.. São simplesmente geniais. Encontrei seus textos lendo sua análise sobre a lei do estúpido deputado Nazareno Fonteles... Essas horas que eu digo, só podia ser PT...


Rodrigo Pereira


 
 
 
 
Orwellianismo num artigo do MSM
enviada em 11/12/2006


No artigo "Obstáculos à liberdade na América Latina" essa porcaria anti-liberal que foi a matança dos índios norte-americanos é apresentada retroativamente como algo que contribui para a causa da liberdade. Isso é orwellianismo em estado puro.

Atenciosamente,


Ewan Delanoy


Prezado Ewan:

Talvez o seu livro de história mostre alguma conquista territorial incruenta, eu não conheço.

Talvez também relate matança de índios por parte de cowboys - não duvido nada que na época do politicamente correto alguém tenha escrito isto. Os cowboys não eram uma tropa, saiba disto, eram indivíduos isolados, trabalhadores dos ranchs ou no máximo pequenos grupos que enfrentavam em inferioridade numérica aos índios e aos bandoleros mexicanos na fronteira. Nem mesmo a superioridade técnica inicial - os Colts e Winchesters - duraram muito pois bandoleiros mexicanos e mestiços os vendiam para os índios junto com aguardente. Além disto, a grande saga dos cowboys se deu após a Guerra Civil por parte de soldados Confederados que ficaram à deriva.

Mesmo após a intervenção da Cavalaria - um destacamento estatal para garantir a conquista para o Governo ganhar impostos - freqüentemente os índios levavam a melhor, como a derrota da 7 Cavalaria de Custer em Littler Bighorn frente às forças combinadas dos Lakotas, Arapahos e Cheyennes sob o comando de Sitting Bull e Crazy Horse.

Falta-lhe também aprender que as diferentes nações indígenas viviam em guerras entre sí e muitas vezes juntavam-se à Cavalaria contra as outras e se mostravam mais cruéis!

Houve matança sim, mas mútua! Esta história de índio bonzinho é conversa mole. É claro que houve exceções - também de parte a parte. Só para citar uma, os primitivos colonos do Mayflower não teriam resistido no primeiro inverno sem a ajuda dos índios.

Ademais, a estrutura das sociedades indígenas era - e é ainda! - extremamente rígida e estratificada, não permitindo o florescimento da individualidade. Os índios americanos gozam hoje de liberdade individual em grau inimaginável por seus atepassados: são cidadãos americanos


de facto e de jure, são donos de suas terras e poços de petróleo e semana passada os Seminoles compraram a rede Hard Rock Cafe.

Não é como aqui onde eles são considerados incapazes - como as crianças e os loucos - e mantidos como em zoológicos para o deleite de intelectuais, "especialistas" e turistas.

Mas já estão aprendendo!

 

Heitor De Paola
 
 
 
 
Beautiful people em litígio
enviada em 11/12/2006


Lei de incentivo ao esporte cria litígio entre artistas e esportistas. As musas globais e outros já sobem nas tamancas por ter que dividir seu butim. É tão bacana ver esta gente reunida nas campanhas de fraternidade. O fim do ano está aí, todos eles sorrindo, posando pras câmeras. Mas a economia não perdoa: amigos, amigos, negócios à parte. Todos querem sua parte neste latifúndio, como diz o Chico. Aliás, comunista de carteirinha que é, devia contribuir para resolver a celeuma. Começaria explicando a essa gente, que os bens do Estado são de  todos, que todos nesta nova sociedade devem ter tudo em comum. Recriminaria a atitude dos artistas por agirem como capitalistas selvagens, gente sem coração. Fato interessante: os argumentos dos artistas contra a lei podem ser usados contra si mesmos (as exigências dos esportistas é um copyright dos artistas). Vão trabalhar as duas classes e parem de importunar o Apedeuta com suas celeumas, que o homem precisa trabalhar. Sou contra incentivos para ambas as classes; trabalhem e busquem patrocínio particular. Se o que produzem tem valor serão recompensados. Não pode é o Estado sustentar com dinheiro nosso a vocação dessa gente. Como esta é minha opinião e não a realidade - o dinheiro irá sair de qualquer modo - ganhe então o esporte. Ao menos servirá para espantar a preguiça de alguns mais pobres, em vez de permitir que suas cabeças transbordem de multiculturalismo.


Lincoln Meireles Tomaz


 
 
 
 
ONGs
enviada em 11/12/2006


Quando vai acabar esta hipocrisia das ONGs que assaltam os cofres públicos a pretexto de proteção ambiental? Enquanto cidadãos brasileiros passam fome um exército de sanguessugas cuidam de tartarugas, bicho preguiça, mico leão, peixe boi, sem falar de bromélias, orquídeas, etc.


Paulo Antunes


 
 
 
 
Caos Aéreo: mais um mistério
enviada em 11/12/2006


Senhores,

Não sou adepto de ventilar teorias conspiratporias, mas o caos que se instalou nos aeroportos brasileiros simplesmente não faz qualquer sentido.Vejamos que: (1) a crise surge do nada;

(2) o governo, que é o culpado, não faz nada para resolvê-la;

(3) esse mesmo governo sai ileso e imaculado do crise, como ente superior que só observa nosso caos, com piedade.Será que essa crise não estaria sendo estimulada ou ao menos utilizada pelo PT para retirar o controle aéreo nacional da mãos dos militares? Lembrem que foi o sindicato dos controladores que instigou a greve. E quem mesmo tem ótima inserção sindical? Sim, o PT.Cria-se uma crise. Resolve-se tudo por lei, como é praxe. Em seguida, esse controle aéreo seria aparelhado com gente deles, que permitiria ao País virar campo de pouso da fronta de aviõezinhos cheios de droga advindos dos nossos vizinhos cocaleiros...Não faz sentido?


Victor Sarfatis Metta


Prezado Sr. Victor:

Gratos pelo seu contato.

A pergunta "a quem interessa o caos aéreo" junta-se a outros escandalosos pontos de interrogação que se acumulam nos últimos tempos, como por exemplo:

1 - O surto de violência criminosa que assolou São Paulo na época das eleições, supostamente porque um líder criminoso estava detido num regime especial de prisão. O detalhe é que este líder continuou preso sob este mesmo regime, e a violência dissipou-se, tão misteriosamente como havia começado;

2 - A verdade por detrás do "dossiê" contra homens-chave do principal partido de oposição. De onde saiu o dinheiro? Qual o conteúdo do tal dossiê?

3 - Nebulosos negócios envolvendo um filho do Presidente da República com um canal de televisão e empresas que possuem contratos com o governo federal, que definitivamente jogaram por terra a velha máxima segundo a qual "não basta a mulher de César ser honesta, ela tem de parecer honesta".

4 - A completa e total incapacidade do funcionamento de uma oposição política minimamente coesa e ciente de seu papel no Brasil, agora sob a desculpa de que o país "precisa de um pacto nacional", tudo saudado por jornalistas e órgãos de mídia que possuem interesses venais e ideológicos notórios.

Enfim, a lista é longa.

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA

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