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Cartas do dia 18.12.2006

Lula assina trem da alegria para o Judiciário

Lula sancionou ontem a criação de um plano de cargos e salários para os funcionários do judiciário e para os servidores do Ministério Público da União.Os planos já estão numerados – leis 11.415 e 11.416, ambas de 15.12.2006 – e serão publicados hoje ou na segunda-feira no Diário Oficial da União. São implementação de reajustes que vão ocorrer no máximo em até três anos .O acordo prevê, em 2006, o repasse de R$ 600 milhões com a integralização de 30% do plano, sendo 15% em junho e 15% em dezembro. Para 2007, serão integralizados mais 30%, com parcelas de 15% em julho e dezembro. Em 2008, serão pagos os 40% finais, sendo 20% em julho e a outra metade em dezembro. PLANO DE CARGOS DO JUDICIÁRIO VAI CUSTAR MAIS DE R$ 5 BILHÕESDo G1, em Brasília O impacto com a implantação total do novo plano de cargos e salários dos servidores do Poder Judiciário da União - prevista para o fim de 2008 - será de R$ 5,1 bilhões. Só este mês, o governo vai gastar R$ 608,4 milhões com o pagamento da primeira parcela. Sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o plano prevê um reajuste médio de 50% até 2008. Ao todo, 103 mil funcionários das Justiças Federal, do Trabalho, Militar e Eleitoral serão beneficiados. Neste domingo (17), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, e o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, estiveram com o presidente Lula, no Palácio da Alvorada, para tratar do assunto.

L. freitas

 

Dostoievski antistalinista

Atualmente, Paulo Bezerra é um do principais tradutores de Dostoievski no Brasil. A situação é parecida com a que foi comentada por Cândido Prunes, de um livro pelo nosso sociólogo Emir Sader: o assunto era a unidade esquecida de nazismo e socialismo, com uma hipermnésia so primeiro e uma amnésia do segundo. Sader traduziu exatamente como o avesso, fazendo propaganda política baixa, como Bezerra. Dizer que Dostoievski era antistalinista antes da Revolução Russa, e antiBush! A probidade histórica parece estar além de suas capacidades. Parabéns a Ipojuca Pontes por esse artigo.Gostaria de perguntar se há, além das traduções citadas, algumas outras boas em português do Brasil. E se a tradução de Raquel de Queiroz é como a de Paulo Bezerra.

Obrigado.

Afonso Sampaio

Prezado Sr. Sampaio:

Gratos pelo seu contato.

O colunista Ipojuca Pontes irá responder perguntas como a do sr. em seu próximo artigo.

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA

 

Partido Liberal

Existem muitas pessoas inconformadas com a atual situação do país e que poderiam trabalhar como voluntárias na formação de um partido efetivamente liberal. Gostaria de saber se já existe algum movimento nesta direção, pois gostaria de participar como voluntário.

Ary de Paiva Ferreira

Prezado Sr. Ary:

Gratos pelo seu contato.

Não temos conhecimento de nenhum movimento neste sentido.

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA

 

Os Demônios

Bom dia,

A aquisição do livro Os Demônios já está há um bom tempo na minha lista de próximas leituras, e minha escolha seria a da tradução feita pela Editora 54 já que é traduzida diretamente da edição russa e não da francesa como foram publicadas anteriormente.Não gostaria de ler uma obra excelente como esta estabelecendo critérios tendenciosos por parte de seu tradutor.Ipojuca, devo procurar outra editora ou a versão da Editora 54 é confiável?

J. Silva

Prezado Sr. Silva:

Gratos pelo seu contato.

O colunista Ipojuca Pontes irá responder sua pergunta em seu próximo artigo.

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA

 

Artigo Ipojuca Pontes


Amigos, como de hábito o sr. Ipojuca Pontes publica artigo brilhante e que demonstra toda a sua cultura e erudição.o texto é irretocável.Permitam-me apenas tecer um comentário que me ocorre no momento, que seria como que uma nota de rodapé ao que escreveu o ilustre Ipojuca: Dostoievski escreveu toda a sua obra monumental, maravilhosa, gigantesca, notem bem, à mão. Isso mesmo, tudo o que o gênio russo escreveu saiu de sua mente extraordinária e foi para o papel através do bico de pena. De resto, todos os grandes escritores e filósofos até o advento da máquina de escrever.

Então eu pergunto: por que, dadas as condições materiais dos dias de hoje, do computador e etc., a humanidade não consegue mais gerar um Dostoievski, nem um Tolstoi, nem um Balzac, nem um Musil, nem um Proust, nem um mísero Machado de Assis? Ipojuca respondeu, mas não frisou: porque as ondas de niilismo, de destruição revolucionária, de depredação do cristianismo em geral e da Igreja em particular, do desprezo pela herança ocidental, da subversão dos princípios da autoridade e da ordem, produziram, notadamente a partir da segunda metade do séc. XX, as gerações mais hedonistas, mais egoístas, mas idiotizadas, mais ignorantes, e, por isso tudo isso, mais desesperadas que a nossa pobre humanidade já produziu.

Como, então, esse mundo acelerado e doentio, fanático por prazeres e avesso a qualquer responsabilidade, pode dar à luz um gênio do tamanho desses citados, cuja grande força estava em tirar de dentro de si mesmos, de dentro de suas contradições e reflexões, de seus sofrimentos e dilaceramentos, os temas de que tratavam?

Se alguém já disse que a Revolução destruiu o que a França tinha de melhor, eu diria que o fantasma ou o espírito que habitou o corpo dessa Revolução venceu o Ocidente, e destruiu tudo, simplemente tudo o que havia de bom. Jamais teremos um outro Dostoievski.

Um grande abraço.

Luis Gustavo

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