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Cartas do dia 17.11.2006

Desarmamento na Inglaterra
enviada em 17/11/2006


Olá,

eu gostaria de saber como está o Desarmamento na Inglaterra, se algum tipo de arma de fogo é liberado ou não. E se estão fazendo alguma coisa para reverter o desarmamento.

Obrigado

 


Carlos Hirold Engicht


Prezado Carlos,

A Inglaterra é hoje o país europeu com o mais rígido controle sobre armas de fogo. Isto não impede que os crimes com armas de fogo tenham crescido 500% (quinhentos por cento!) entre 1989 e 1996.

Veja abaixo algumas comparações sobre diversos tipos de crimes entre os Estados Unidos (o país mais livre do mundo sobre posse de armas) e a Inglaterra (um dos mais restritivos). São estatísticas cobrindo esses crimes no período compreendido entre 1981 e 1996:

Indices por 1.000 habitantes

Roubos:

UK: +82,9%

US: -33%

Assaltos:

UK: +53%

US: -33%

Invasão de domicílio (por 1.000 residencias)

UK: +105%

US: -52,3%

Estes dados foram tirados de um livro imperdível, que infelizmente os editores brasileiros não se interessam traduzir: Guns and Violence - The English experience da dra. Joyce Lee Malcolm - Editado pela Editora da Universidade de Harvard (uma editora séria de uma das maiores e melhores universidades do mundo) em 2002.

O livro traça um paralelo entre as experiências americanas e inglesas no controle de armas e seus resultados práticos no aumento ou diminuição dos crimes. Um trabalho sério, como se esperaria de um trabalho editado pela Harvard University Press, suas 340 páginas estão repletas de fatos, análise e comparação de estatísticas tudo devidamente documentado, só de notas e fontes de referencia são 66 páginas. Se você se interessa pelo assunto recomendo que tente comprá-lo através da Amazon.

Apenas mais alguns fatos citados no livro:

- Um estudo realizado em 1997 comparando taxas de criminalidade em onze paises industrializados mostrou que os números da Inglaterra e País de Gales se encontravam entre os mais altos.

- À medida que (na Inglaterra) a quantidade de armas de fogo legais sofreram uma enorme redução o número de crimes por armas de fogo cresceu.

 

 

- Crimes com armas de fogo nunca foram problema na Inglaterra, agora se tornou um. Armas de fogo de mão (revólveres e pistolas) foram banidas, mas em todo o Império Britânico existem milhões de armas ilegais. Criminosos não têm problemas em encontrá-las e têm mostrado uma crescente disposição em usá-las.

Que eu saiba nada tem sido feito pelos ingleses para reverter a situação. Eles não parecem muito interessados em mudar as coisas mesmo depois do papel ineficiente, ridículo e de acobertamento que ocorreu no caso do brasileiro Jean Charles.

Espero ter respondido suas perguntas.

Um abraço,

Peter Hof
 
 
 
 
Bravo !!!
enviada em 17/11/2006


Felizmente temos cabeças pensantes no nosso querido País. Tive acesso ao artigo escrito pelo MD Sr. Ubiratan onde ele descreve uma otima critica sobre um Projeto de Lei de número 137/2006. Parabéns ao senhor Ubiratan pela coragem, pena que outros articulistas e formadores de opinião de veículos informativos como a GLOBO não têm coragem de mostrar isso para todos os brasileiros. Mas uma coisa me conforta: - Tomara que essa equipe que ora se apodera e nos cerseia de nossa liberdade faça muitos erros e que esses sejam graves, que nosso País atinja o fundo do poço...só assim o brasileiro, aquele trabalhador que votou "neles" irá abrir os olhos de verdade...e compreender que um regente de uma nação não pode ser qualquer um !!!


Fabio Andrade


 
 
 
 
MSM em MP3
enviada em 17/11/2006


Acho uma ótima idéia disponibilizar parte do conteúdo do Mídia Sem Máscara em áudio. É uma alternativa econômica e viável aos textos escritos. Gostaria de saber se existe alguma espectava do MSM fazer parcerias com emissoras de televisão ou de rádio. O conteúdo do MSM está incomodando muita gente. Precisamos expandir as atividades da organização para outras formas de mídia.

Parabéns pelo sucesso.


Leandro Teles Rocha


Prezado Sr. Leandro:

Gratos pelo gentil contato.

Não há previsão de o conteúdo do MSM ser transformado em áudio, apenas a criação de uma área especial com comentários em áudio e entrevistas em vídeo.

Sobre parcerias com outras formas de mídia, também não há nada em vista no momento.

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA.
 
 
 
 
Software livre: De graça?
enviada em 17/11/2006


Parabéns professor. Ainda há professores da rede pública confiáveis, já são raros. O falatório contra a Micosoft é generalizado. Apelidaram o Sr. Bill Gates de " Bill Gato". Todo mundo fala no Linux, mais todo mundo instala o do " Bill Gato ". É a mesma coisa contra o Tio Sam, mais ninguém vive sem ele. Na hora do pega pra capá, acionam os imperialistas.

Um abraço


Elisur Bueno Velloso


 
 
 
 
Linux X Windows
enviada em 17/11/2006


Caro Prof. Emílio,

Muito bom o artigo sobre a "caridade digital" Linux X Windows. Afinal, a mencionada lei econômica existiria até na mais cruel ditadura comunista: "There is no free lunch". Nada é de graça. Nem o Linux, nem o Bolsa família do Lula. Alguém sempre paga a conta...É uma grande satisfação poder ler seus artigos aqui neste sítio.

Continue escrevendo!


Álvaro Polati


 
 
 
 
MST
enviada em 17/11/2006


Em relação à carta da leitora Maria Rita de 17.11.06 sobre a relação do MST com seu governo estadual, apenas posso me solidarizar dizendo que vivemos tudo isso sob o regime de Olívio Dutra e seu entulho ideológico aqui no RS, o consolo é que por enquanto, a acefalia passou, através do voto. Imagino que no Paraná daqui quatro anos não será diferente.


Alexandre Kich


 
 
 
 
Desarmamento
enviada em 17/11/2006


Prezados Senhores,

A respeito de "desarmamento" (sim, entre aspas porque se refere apenas ao cidadão de bem não portador de esquema de segurança particular ou estatal), sempre que vejo nos órgãos de imprensa um chefe de polícia, um entendido no assunto ou outro qualquer que costuma dar receita de segurança pública dizendo que não devemos reagir, armados ou não, fico a imaginar a quem eles estão falando. Penso que eles estão a falar com os bandidos, seus sócios (?), dando um recado. Traduzindo: "Caros sócios, já ensinei que eles não devem reagir, que devem obedecer direitinho às ordens de vocês. Fiquem tranqüilos, diariamente digo isto a eles. Ah, também fizemos uma lei que tornou muito difícil algum deles portar armas, vocês sabem, bem que tentamos desarmá-los completamente para deixar o trabalho de vocês mais seguro, um dia faremos isso". Se cada cidadão reagisse à bandidagem, lamentavelmente perderíamos gente boa, porém, duvido muito que bandidos abordassem os cidadãos com a facilidade que hoje o fazem.


Luiz Almeida


 
 
 
 
O advogado do marquês. Mas, espere aí, e quem defende o Herr Bornhausen?
enviada em 17/11/2006


Novamente escrevo ao MSM, mesmo sabendo que serei espezinhado e desqualificado pelo nosso rei da sabedoria, Olavo de Carvalho e, meu comentário seja desconsiderado - normal. A retórica de vossa excelência é repleta de desprezo pelo outro, tenta, de todas as formas, "demonizar" um outro modo pensar, assim como as pessoas que, infelizmente, não vestem o seu uniforme. Devo admitir que concordo com o excelentíssimo no que se refere a reação biliar do "condenado", ao termo "essa raça", proferido pelo banqueiro catarinense. Foi talvez desproporcional, tal como a de um acuado, o ataque. Acho até que ele deveria fazer melhor, ignorar as palavras do senador (que não se dá ao respeito no cargo que ocupa). Mas a sua condenação(?), de outra forma, foi um descalabro, juridicamente infundada e atende somente interesses políticos. Que tem, também, o claro objetivo de referendar a atitude imoral do decrépito senador. Agora, o excelentíssimo defender o Herr Bornhausen, pessoa notoriamente reconhecida por seus rompantes de fascista, meu caro, é querer tapar o sol com a peneira e achar que todos somos "jumentos", incapazes de pensar. Sabemos todos, inclusive o excelentíssimo Sr. Olavo e eu, que as palavras de grande líder do PFL (partido que amargou retumbante derrota nas urnas em 2006), foram sim, pejorativas, preconceituosas e carregadas de desprezo, não somente contra o PT, mas contra todos aqueles que têm uma outra visão (certa ou errada) da sociedade. Sabemos também que, essa condenação está fadada a ser anulada, pois o processo foi conduzido de forma tendenciosa e irregular e, dessa forma, não se sustenta juridicamente. Mas isso é outra coisa. Para finalizar, a sua argumentação filosófica é, também, a do culto a raça superior (está lá no seu artigo), onde existem os "bons", aqueles que pensam como o excelentíssimo, e os "maus", aqueles que, desafortunadamente, discordam do seu modo de pensar. Queira ou não queira, vivemos em um País democrático onde, temos liberdade de expressão, de pensamento, de ideologia, de credo, etc. Mas o que vimos no caso Bornhausen versus Sader, foi a mostra de que a justiça não é cega, ela tem dois pesos e duas medidas, que favorece, na maioria das vezes, a quem tem poder.

Respeitosamente


Mario Rangel


Prezado Sr. Mário:

Gratos pelo seu contato.

Não temos intenção de privar nosso público de sua participação - ou de qualquer outro leitor - nesta seção de cartas, desde que suas opiniões demonstrem um mínimo de civilidade e tenham importância para os objetivos deste MSM.

Entretanto, é uma pena que o sr. tenha uma visão tão pequena de si próprio, apelando para uma oratória auto-indulgente e piedosa, sempre se colocando em posição de vitima diante de opiniões  que não o agradam, como se as respostas dadas por este MSM fossem ofensas pessoais, demonstrando um despreparo fantástico para aceitar idéias que não condizem com as suas. Destacamos mais uma vez que  este MSM não desqualifica quem quer que seja, o que não quer dizer que tenhamos a obrigação de aceitar passivamente opiniões sem qualquer embasamento que não seja o discurso politicamente correto esquerdista e/ou as simpatias ideológicas cegas de sempre.

Em relação ao seu texto, o sr. simplesmente dá inúmeras voltas, utiliza-se de argumentos falaciosos e sofísticos - "sabemos que", "partido que sofreu retumbante derrota nas urnas ","sua argumentação é do culto a raça superior", etc.-, sem demonstrar porquê, afinal das contas, o colunista deste MSM está errado em sua argumentação sobre o dr. Sader, cujo comportamento duvidoso e suspeito vai bem além desse episódio envolvendo o presidente do PFL.

Atenciosamente,

Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA.
 
 
 
 
MST
enviada em 17/11/2006


Gostaria muitíssimo que vocês puplicasssem matéria a respeito da desapropriação da multinacional Syngenta, feita pelo governador Requião. Essa criatura prefere deixar pessoas desempregadas para provar seu poder diante das multinacionais.

Socorro.

Nos ajudem, estamos esquecidos no "país do Requião".


Maria Rita

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