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Cartas do dia 05.01.2007

Reação gaúcha. Ou como acabar esse estado

O senhor José Cordeiro pode até entender de economia e das receitas neo-liberais, do estado mínimo mas, definitivamente, não entende nada, ou desconhece, o estado do qual ele está falando: o Rio Grande do Sul. Os “parasitas” como Ele trata os servidores públicos, não são merecedores da culpa da depressão econômica por que passa o estado gaúcho. É um preconceito maldoso de pessoas mal intencionadas, que querem fazer crer que, todos os problemas têm origem nesses trabalhadores. Como temos visto, existem muitas regalias e privilégios em determinadas categorias de funcionários públicos, que devem ser combatidas e corrigidas mas, a esmagadora maioria, 83,40% dos mais de 800 mil funcionários estaduais gaúchos, que fazem funcionar o Rio Grande do Sul, recebem até R$2.500,00 (Fonte: Secretaria de Recursos Humanos do Estado). Sem falar dos professores, que somam 180 mil no estado, e que têm que “sobreviver” com menos de mil reais por mês. Se o Rio Grande do Sul está, assim como outros estados da federação, “mal das pernas”, isso se deve a outros “parasitas”. Parasitas que não são os funcionários públicos, e sim aqueles que se locupletam de gordos incentivos fiscais, geralmente grandes empresas transnacionais. De privatizações lesivas ao Estado e que favorecem os “amigos”. Dos grandes latifundiários que “comem” às custas do governo. Das anistias de dívidas não pagas e que são benevolentemente perdoadas. Toda essa renúncia fiscal vai levando o Rio grande do Sul à falência, pois com base nos dados entregues pelo governo Rigotto à Assembléia junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), fez com que R$ 6,6 bilhões deixassem de entrar nos cofres gaúchos em 2005 (fonte: Zero Hora. 24/10/2006). Sem falar das licitações fraudulentas ou super faturadas, da terceirização dos serviços públicos, onde o governo paga sempre a mais. Em fim, é uma sangria infindável praticada por políticos “espertos” e ávidos por dinheiro e pelo poder (veja o caso do ex-governador Antônio Britto que, além das polêmicas privatizações, concedeu bondosa anistia uma grande indústria de calçados e, mais tarde, tornou-se presidente dessa mesma indústria).É bom lembrar também que, funcionário público, também paga impostos, portanto são cidadãos como qualquer outro e, essa cantilena de corte de privilégios(?), só é bom para países onde o “estado de bem social pleno” foi alcançado e não existem desigualdades sociais significativas. E para isso, ainda falta muito ao Brasil. Mas o que falta mesmo, é competência e seriedade aos governantes em buscar esse objetivo.Assim, o quê a Assembléia Legislativa gaúcha fez foi fazer cumprir a promessa de campanha da Governadora Yeda, de não aumentar impostos e de dirigir o Rio Grande do Sul com “um novo jeito de governar”. E se o senhor conhecesse melhor esse estado, saberia que, esse “choque de gestão”, de que tanto falam os tucanos, é só uma engambelação, pois estão todos juntos a muito tempo, o ex-governador Rigotto “matou” o estado e agora, a governadora Yeda vai atirar a “pá de cal” sobre o cadáver.

Cordialmente


Mario Rangel


Caro Senhor,

 

Todos os que, de uma forma ou de outra, vivem de impostos, exceto aqueles que cumprem as funções estritas de Estado, como Polícia, Justiça e áreas conexas, vivem parasitariamente das rendas do Estado. Os fatos são claros: 1- A tributação chegou a um limite que não permite mais ser aumentado, sob pena de fazer cessar a operacionalidade da economia; 2- Os gastos estão fora de controle e mesmo com impostos exrobitantes deficits são gerados; A folha de pagamento dos funcionários cresce vegetativamente em função das "conquistas" passadas e isso precisa acabar imediatamente.

 

O fato de o grosso dos funcionários públicos receber baixos salários não muda a situação. Porque esses baixos salários são multiplicados aos milhares, gerando uma despesa considerável sem contrapartida de serviços equivalente. Entendo a angústia de quem vive do Estado, a maioria de boa fé e nem se dá contar do lugar onde estsá metido, mas entre praticar a nefanda injustiça de aumentar impostos de quem trabalha e reduzir a renda de quem vive parasitariamente à custa dos impostos eu fico com a segunda alterantiva. Ela é moralmente superior e tem racionalidade econômica superior.

 

É claro que funcionário público paga impostos, mas o faz com a parte dos impostos que recebe na forma de renda. Não é a mesma coisa de um empresário ou de um tarbalhador da iniciativa privada, dá para perceber? Paga o roubo estatal com parte do botim que recebe.

 

A escola pública deveria ser integralmente privatizada. Eu leiloaria os prédios, faria a aposentadoria proporcional de todos os professores e esses certamente seriam contratados, em regime de CLT, pelos empresários da educação. Aqueles que não têm vocação para o magistério e enganam a si mesmos e às crianças, enrolando criminosamente, seriam descartados pelo mercado. Seria uma revolução, não apenas na produtividade do ensino, na sua eficiência, mas uma modernização de fato. E acabaríamos com a máquina de propagação ideológica de que o Estado tem o poder de resolver os problemas ditos "sociais". Professores funcionários públicos acreditam nessa história mentirosa e fazem a cabeça dos alunos. Quem é professor da rede privada sabe que a realidade é bem outra. Claro que o Estado daria vouchers para todos os alunos pobres, em princípio toda a população estudantil que hoje está na rede pública. Nem um pai que pode pagar quer ver seu filho ensinado nas escolas governamentais por professores funcionários públicos.

 

Choque de gestão é reduzir o funcionalismo, os subsídios, as mamatas, as compras e, em contrapartida, reduzir os impostos. Imediatamente. É um imperativo ético. Imposto, meu caro senhor, é roubo. Um novo jeito de governar é reduzir a carga tributária, ou seja, o roubo estatal. Pense nisso.

 

Cordialmente,

Nivaldo Cordeiro
 
 
 
 
Falsificações da História

Belíssimo artigo, senhor Heitor De Paola. A Revolução, o senhor mesmo percebeu quando citou a Reforma e a Revolução Francesa, é contra Deus. Em verdade, a Revolução começou um pouquinho antes com o Renascimento, “a Segunda Queda”, como dizia G. K. Chesterton, é a partir daí que o homem vai lentamente se desembaraçar do sobrenatural até descer à “grande apostasia” dos dias que correm. Dizia a Irmã Lúcia que estamos a travar uma “batalha decisiva” contra o Demônio e seus filhos espirituais: por uma incompreensível permissão divina a Igreja foi assaltada por seus inimigos e assistimos estupefactos novamente a negação tríplice de Pedro na figura dos últimos papas: é a Paixão da Igreja, é a civilização cristã fundada sobre a Cruz desmoronando. Que Nosso Senhor tenha piedade de nós. Tenhamos ao menos a esperança da vitória, sr. De Paola, que será sempre nossa. Fique com o bom Deus.


Antonio H. Gomes


 
 
 
 
Onu - novo secretário geral

Gostaria de um texto da parte de vcs qto ao novo secretário-geral da ONU.

Atenciosamente,


diego strauss

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