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Cartas do dia 19.11.2006

Ainda o Software Livre
enviada em 19/11/2006


Alguns pontos merecem ainda ser discutidos sobre o artigo do prof. Emílio de Araújo e eu gostaria de poder fazê-lo agora:Em primeiro lugar, não se vai à "esquina" para comprar "um Windows". Só se ele estiver falando na esquina da Av. Rio Branco com a Rua da Carioca (no Rio de Janeiro) para comprar um CD pirata. O lugar certo de se comprar um software é em uma loja onde o indivíduo vai comprar uma licença de uso, que pode ter mais ou menos restrições. No caso do Windows XP, essa licença só se aplica a um computador. Se o professor Emílio tiver dois computadores em casa ou mais alguns na universidade pública, ele terá de comprar uma licença do Windows para cada um dos seus computadores. Aliás, a Microsoft fere as leis de mercado ao fazer com que o seu produto seja visto como uma mercadoria, porque software, assim como informação, não são mercadorias. Se fossem, ao adquiri-las, o comprador teria garantidos para si, a propriedade, a posse e o usufruto do bem adquirido. O que não ocorre quando se vai na esquina "comprar um Windows", pois você não pode vendê-lo, copiá-lo, doá-lo, redistribuí-lo nem modificá-lo. Você não é DONO da mercadoria. Afinal se o Bill Gates deixasse você ser o dono da "mercadoria" que ele vende, ele não seria o homem mais rico do mundo. Outra coisa, o sistema operacional sozinho não faz absolutamente nada. O usuário terá no mínimo que comprar uma suite de aplicativos se ele quiser ter pelo menos uma máquina de escrever em casa ou no escritório.Em segundo lugar, essa "guerra santa" entre Linux e Windows não faz o menor sentido para o usuário final. Isso é uma questão de escolha pessoal. O professor não aceita falar em monopólio, mas segundo ele mesmo pesquisou no Aurélio, monopólio significa "tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos". Mas não é disso que estamos falando? Qual é a empresa competidora da Microsoft em sistemas operacionais para computadores pessoais? Não é a IBM. Nem tampouco a Apple. O comprador de um PC não tem escolha. Nesse sentido, viva o Linux! Se ele é bom ou não, se atende melhor ou não, vai da cabeça de cada um. Infelizmente ele vem de uma iniciativa comunista na mais pura acepção da palavra. Mas isso não impede que se ganhe dinheiro com ele, ou não haveriam empresas de porte como a Novell e a própria IBM dando-lhe suporte. Só não é possível lucrar com o Linux do modo como a Microsoft quer lucrar, ou seja, vendendo software como uma mercadoria em uma prateleira de supermercado.

Wolmar Murgel Filho

 

 

 

 

Separatismo
enviada em 19/11/2006


Seria a fragmentação da "nação brasileira" uma possível solução, o governo atualmente é centralizado, e a politíca do governo nunca beneficia os estados mais ricos.Gostaria de saber qual é a opinião do midiasemmascara.org
Grato.

Osório Vargas


Prezado Sr. Osório:
Gratos pelo seu contato.
O separatismo em si não é a solução para os problemas de um país. Entretanto, é uma situação que geralmente ocorre em regiões onde sucessivos governos nada fazem que não seja aumentar impostos, desrespeitar seguidamente os cidadãos e submeterem-se a agendas prontas de grupos internacionais que pouco ou nada têm a ver com a realidade local. Um descolamento da realidade deste porte acaba estimulando a desagregação ou o sentimento de revolta de camadas da população. Não é por outro motivo que o desarmamento, o controle de informações e supressão de direitos básicos dos cidadãos de bem estão na agenda do dia de inúmeros políticos e governos, pois tratam-se de intrumentos de controle de uma insatisfação que tende a crescer.
Atenciosamente,
Editoria MÍDIA SEM MÁSCARA.

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