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Cartas do dia 19.04.2005

João Paulo II

Sou leitor cotidiano dos sites jornalísticos, de qualquer posição política, incluíndo o MSM. Lendo o artigo do Dr. Carlos Reis quero externar total discordância a respeito das opiniões sobre os últimos anos do pontificado do papa João Paulo II.

O pontífice é o chefe da Igreja, nesta posição ele é o pastor de um imenso rebanho, portanto, deve cuidar de todas as ovelhas, incluíndo as mais fracas. A pregação por mais justiça social é baseada na doutrina cristã e não no socialismo, basta lermos as parábolas de Cristo.

Sei que a função primordial da Igreja é mostrar o caminho para a redenção dos fiéis. Quando a doutrina diz os caminhos morais que devem ser seguidos inclui, entre tantas normas, o respeito a vida e a caridade. Quando alguém se manifesta contra o aborto segue estes princípios, ao mesmo tempo ao alertar as pessoas que tomam decisões econômicas, para que estas não causem prejuízos, como o desemprego, pois, o impulso de obter uma rentabilidade maior no empreendimento é inato, o Pastor está buscando a harmonia.

Querer que a Igreja se arvore em defensora do livre mercado, tal como conhecemos hoje, é tão grave quanto o oposto. Mesmo as doutrinas econômicas e políticas mais antigas ainda em voga atualmente são pelo menos 15 séculos mais novas que o Cristianismo, não fazem parte da doutrina original.
Jorge Nogueira Rebolla



O indevido perdão


O Sr. Maud deveria acrescentar que, graças a um grupo de brasileiros e com a ajuda de alguns estrangeiros, conseguimos libertar os negros africanos do jugo da escravidão. O reconhecimento deste fato deveria ser claro para os descendentes negros. E, isto sim, deveria ser ressaltado nas comemorações dos nossos quinhentos anos de existência. Até a Igreja, impregnada da magia negra do comunismo, resolveu aderir a esta tese imbecil.
Léo Guedes


Cristaldo e a Inquisição


Gostaria de informar que no texto sobre a Inquisição Janer Cristaldo faz citação de II Samuel 12,31, como sendo uma ordem do rei Davi para serrar ao meio os amonitas, incluindo mulheres e crianças. Entretanto isto é completamente falso pois a citação verdadeira diz o seguinte: "Quanto à sua população, fê-la sair para empregá-la em serrar, em trabalhar com a picareta e o machado e em fazer tijolos. Assim fez com todas as cidades dos amonitas." Portanto nada de extermínios bárbaros em nome de Deus como afirma o articulista ateu.

Fabricar descaradamente uma passagem bíblica para justificar seu ódio por Deus é realmente desprezível.
Renata M. Jacques

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